Por que cresce tanto o número de parcerias entre Fintechs e Insurtechs?
O avanço na tecnologia, da digitalização e da transformação cultural em nosso dia a dia, trazem, além de uma maior exigência por parte do consumidor, oportunidades para startups operarem com facilidade para cobrirem vazios do mercado ou até para criarem demandas antes não existentes.
Segundo a Associação Brasileira de Startups, de 2015 até 2019 o número de startups no Brasil saltou de 4.151 para 12.727, o que significa um aumento de 207%. Espera-se ainda que esse número continue crescendo de forma acelerada nos próximos anos.
Motivos como "mudança na expectativa de trabalho" nas novas gerações e também "avanços tecnológicos", são apontados como indicadores desse crescimento contínuo de startups.
Um dos setores que mais recebe investimentos, as fintechs surgem com rapidez, sendo reflexo de consumidores mais exigentes e da busca por processos e experiências melhoradas.
A facilidade em criar uma startup em 2022 é enorme, principalmente porque caminhamos para o "no-code", conceito que diz que em breve não será necessário ser um desenvolvedor para criar soluções tecnológicas.
Porém, se passar a existir é fácil, se manter e se destacar em mercados competitivos e que evoluem rapidamente é extremamente difícil. Em um mundo cada vez mais conectado e em que o offline e o online estão à beira de uma fusão, a presença digital, a geração de valor através de conteúdo relevante e útil para o consumidor, fazem com que seja um enorme desafio se manter em um relacionamento constante e eficaz com o consumidor.
Conceitos como, por exemplo, a metodologia Agile, que visa dar maior rapidez aos processos e à conclusão de tarefas, ganharam muita força na última década. Planejar, criar hipóteses, implementar com rapidez, testar, adequar e reiniciar o ciclo.
Com esse mindset, a ideia de construir soluções tecnológicas do zero, dentro de grandes grupos financeiros, torna-se quase obsoleta uma vez que o tempo para desenvolver plataformas e sistemas sem utilizar a integração de serviços externos é enorme e quando enfim finalizado, talvez já esteja desatualizado.
Por isso, muitas fintechs tentam se diferenciar acrescentando valor e diferenciação em suas ofertas ao incluírem produtos de seguros, através de parcerias, em seu portfólio.
Essa parceria traz às fintechs, aumento de revenue e cresce a proposta de valor agregado ao consumidor, que passa a ter acesso fácil a novos produtos.
Já para as insurtechs, essas parcerias trazem uma base grande de clientes engajados (das fintechs) para distribuirem seus produtos. As fintechs costumam ter uma base de clientes significantemente maior que a das insurtechs.
Dessa forma, gerando valor para ambas empresas e também para o consumidor, as parcerias entre fintechs e insurtechs se tornam cada vez mais comuns e esperadas.